Razões:
- Território: israelitas e palestinos lutam para assegurar terras sobre as quais, segundo eles, têm direito milenar;
- Cultura e à imposição de valores ocidentais às milenares tradições orientais;
- Factor económico: Potências capitalistas desejam estabelecer um ponto estratégico na mais rica região petrolífera do planeta;
- Factores políticos...
Cronologia:
- Expulsos da Palestina pelos romanos, os judeus almejaram durante séculos o sonho de retornar à "Terra Prometida", enfrentando todo tipo de discriminação e perseguição;
- Durante o domínio britânico sobre a região, os ingleses permitiram a compra de terras na Palestina por ricos judeus de todo mundo que começaram a reocupar a região. Essa maciça migração de judeus para a Terra Santa chamou-se Sionismo;
- Após a Grande Guerra, os ingleses comprometeram-se a ajudar os judeus a construir um Estado livre e independente em território palestino, assim, enfraqueceriam os árabes e conquistavam vantagens económicas na região;
- Com o Holocausto promovido pelos nazis durante a IIG.M. a opinião pública, sensibilizada com os sofrimentos dos judeus, concordou com a criação de um Estado judeu na Palestina e a recém-criada ONU estabeleceu que a solução para os problemas do Oriente Médio seria sua prioridade;
- 1947, a ONU estabeleceu a divisão do território palestino entre judeus, que ocupariam 57% das terras com seus 700 mil habitantes, e palestinos, cuja população de cerca de 1,3 milhão de habitantes ocuparia os restantes 43% do território;
- Com a retirada das tropas britânicas que ocupavam a região, em 1948 iniciou-se uma guerra entre Israel e a Liga Árabe(criada em 1945 e que reunia Estados Árabes que procuravam defender a independência e a integridade de seus membros). A guerra foi liderada pela Jordânia e pelo Egito. Israel venceu o conflito e ocupou áreas reservadas aos palestinos, ampliando para 75% o domínio sobre as terras da região. O Egito assumiu o controle sobre a Faixa de Gaza e a Jordânia criou a Cisjordânia.
- 1956, o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser declarou guerra a Inglaterra, França e Israel com o objetivo de assumir definitivamente o controle sobre o canal de Suez, em mãos européias desde sua construção. Para isso contou com o apoio da União Soviética, país que, no contexto da Guerra Fria apoiava todas as iniciativas de libertação nacional a fim de conquistar aliados para o bloco socialista. Durante o conflito, Israel ocupou a Península do Sinai, mas, devolveu-a logo em seguida, devido à pressão norte-americana.
- Em 1967, novo conflito eclodiu entre árabes e israelitas. Após a retirada das tropas da ONU que guardavam a fronteira entre Egipto e Israel, soldados israelitas avançaram sobre a Península do Sinai, a Faixa de Gaza e as colinas de Golã. As sucessivas ocupações de Israel sobre áreas de população palestina obrigaram-na a refugiar-se em países vizinhos (sobretudo ao sul do Líbano), onde passaram a viver em condições subumanas, acarretando problemas para esses países. Além disso, a partir do sul do Líbano, a OLP, passou a bombardear alvos israelitas na Galileia, levando o Exército de Israel a realizar violentas operações de represália contra o território libanês a partir de 1972.
- 1979:Assinaram o acordo, sob os olhos do presidente norte-americano Jimmy Carter, o presidente egípcio, Sadat, e o primeiro-ministro israelita, o ultra-direitista, Menahem Begin. O acordo previa que Israel devolveria o Sinai para o Egipto até 1982 e que em Gaza e na Cisjordânia nasceria uma "autoridade autónoma", da qual a OLP não participaria, e que governaria essas regiões por 5 anos, até a retirada definitiva de Israel. O acordo não agradou nem aos judeus instalados nas colónias do Sinai, de Gaza e da Cisjordânia, nem muito menos aos árabes que esperavam maiores concessões por parte dos israelitas. Por isso, Sadat, considerado por muitos, traidor da causa árabe no Oriente Médio, foi assassinado em 1981;
- 1987:Os árabes iniciam a Intifada, rebelião popular em Gaza, cujo a causa foi o atropelamento e morte de 4 palestinos por um camião do exército israelita. Adolescentes, munidos de paus e pedras, enfrentaram, nas ruas, os soldados de Israel. A repressão israelita foi brutal. Desde então, os choques entre palestinos e colonos nas áreas de ocupação israelita têm sido frequentes;
- As negociações de paz não avançaram depois da eleição de Benjamin Netanyahu, do Likud, partido de direita israelita, para o cargo de Primeiro Ministro. Este não estava disposto a fazer concessões aos palestinos. Em 1999, realizaram-se eleições gerais em Israel e o Partido Trabalhista, representado agora por Ehud Barak, foi reconduzido ao poder, reabrindo as negociações de paz para a região. O grande obstáculo nesse momento é decidir sobre a situação de Jerusalém, cidade sagrada tanto para judeus quanto para muçulmanos;
- 2000: Ariel Sharon, líder do Partido Conservador e principal expoente do conservadorismo judeu, "visitou" a Esplanada das Mesquitas em Jerusalém. O acto pareceu uma forte provocação aos árabes e deu início à "nova intifada". Ataques terroristas e confrontos directos entre palestinos e israelitas tornaram-se cada vez mais frequentes, ameaçando perigosamente as conversações de paz;
- 2001:Ariel Sharon foi eleito Primeiro Ministro de Israel, revelando o sentimento dominante entre os israelitas de não retomar as negociações para a criação do Estado Palestino enquanto durar a Intifada. A violência dos atentados terroristas promovidos pelo Hamas e pelo Hezbolah, grupos extremistas árabes que pregam o extermínio dos judeus, as acções do exército israelita também têm sido cada vez mais cruéis, atingindo a população civil das regiões dominadas...
in "http://educacao.uol.com.br", acedido dia 28 de Dezembro de 2008
VC
VC