"Voos da CIA. Biryam Mohamed, etíope de 30 anos, tornou-se segunda-feira o primeiro libertado da prisão de Guantánamo da era Obama. Uma libertação conseguida pela ONG britânica Reprieve e na qual colaborou documentação fornecida pela PGR Documentação fornecida pelo procurador-geral da República, Fernando Pinto Monteiro, aos advogados da organização não governamental (ONG) britânica Reprieve ajudou a libertar o etíope Binyam Mohamed, detido sob suspeita de terrorismo em Abril de 2002 no Paquistão e desde Setembro de 2004 preso em Guantánamo (unidade militar-prisional norte-americana na ilha de Cuba).

A libertação ocorreu anteontem, em Londres, onde o etíope chegou vindo da base americana em Cuba. Binyam Mohamed, 30 anos, foi o primeiro preso de Guantánamo libertado desde que Barack Obama chegou a Presidente dos EUA.(...)

Ana Gomes, eurodeputada socialista que tem dedicado grande parte do seu tempo a investigar e denunciar o caso dos "voos da CIA" (extradição ilegal de prisioneiros suspeitos de terrorismo pelas autoridades dos EUA, com a colaboração de países aliados), escreveu ontem no seu blogue (causa-nossa.blogspot.com) que "a documentação recolhida pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras na empresa handler Servisair, relacionada com a facturação por prestação de serviços, contém dados que os advogados de Binyam Mohamed obtiveram através da nossa PGR e que foram úteis". Esses dados, acrescentou a eurodeputada, foram úteis "para identificar agentes da CIA envolvidos na transferência" do etíope de Marrocos para o Afeganistão.(...)

Os arquivos dos dois ministérios, afirma, "têm de ter" esta documentação: "Ela pode indiciar se o Governo do dr. Durão Barroso tinha conhecimento da real finalidade e conteúdo destes voos ligados às viagens intercontinentais de Binyam Mohamed." "Ou se, não tendo, foi enganado. Ou ainda - concluiu a eurodeputada - se quis deixar-se enganar." "


In Diário de Notícias, 25-02-2009
VC


Sobre nós

Nós somos um Núcleo de Estudantes de Relações Internacionais da Universidade de Évora


História do NERIUÉ

Foi com enorme orgulho que no dia 29 de Fevereiro de 2008 se efectuaram eleições e o curso de Relações Internacionais da Universidade de Évora viu nascer um dos seus primeiros frutos, o NERIUÉ, após o início da licenciatura do ano 2007/2008, com o trabalho dos alunos e o apoio da Comissão de Curso, com o objectivo de dinamizar actividades extra curriculares relacionadas com as RI.
Pretendemos transformar o período de passagem dos estudantes pela vida académica num momento de aprendizagem dinâmica mais informal.
É uma mais valia para a licenciatura, que todos os estudantes de Relações Internacionais participem e colaborem com projectos e ideias.


Porquê Relações Internacionais?

Trata-se de um curso essencial, pois já ninguém pode ignorar o mundo internacional numa era de globalização. O mundo que nos rodeia tem repercussões na vida quotidiana de cada um de nós. O comércio internacional, as inovações tecnológicas, os problemas com os direitos humanos, a ajuda humanitária, a crise ecológica e ambiental, as relações entre povos e estados, tudo tem hoje uma influência que é, em simultâneo, local e global, além de decisiva para o futuro da humanidade. As chances de desenvolvimento serão determinadas, essencialmente, pela maior ou menor capacidade que desenvolvam para conviver e protagonizar situações de mudança. Este é o grande desafio, no início do século XXI, e terá de ser estudado porque nas próximas décadas será uma questão fundamental a sobrevivência do género humano enquanto espécie. Vive-se, hoje, um processo de mutação do pensamento, que deve dar origem a uma nova civilização consciente da interdependência entre povos e nações, e reafirma a relação entre o homem e o Universo, entre a parte e o todo. Importa, por isso, ter ferramentas de compreensão, prática e teórica, que permitam formar diplomados que possam intervir no mundo.
Porque o mundo é de todos.

Saídas Profissionais

Carreira diplomática e consular; carreira em organizações internacionais; ONG's; empresas privadas e entidades públicas que trabalhem em projectos internacionais e/ou europeus e transfronteiriços; funções técnicas superiores em entidades públicas centrais, regionais ou locais; assessoria em gabinetes públicos ou privados de estudos internacionais e/ou europeus.

Fundadora:

Vânia Cabrita, aluna de RI (2007/2008)
Universidade de Évora