História do Irão- CNN
Com cerca de 62,6 % dos votos Mahmoud Ahmadinejad vence as eleições no Irão, enquanto o seu opositor conquistou Mirhossein Mousav 33,75 % dos votos."Os principais actores da actual cena política iraniana são:
No campo conservador:
Ayatollah Ali Khamenei: Guia supremo e primeira figura da República Islâmica do Irão. Tem a última palavra sobre todos os assuntos do Estado e apoiou claramente o presidente Mahmud Ahmadinejad, reeleito nas presidenciais de 12 de Junho.
É o chefe de todos os ramos das forças armadas, incluindo o corpo de elite dos Guardas da Revolução.
Ali Khamenei ocupa um cargo de nomeação vitalícia e designa também o chefe do sistema judiciário e seis dos 12 membros do poderoso Conselho dos Guardiães da Constituição. Por via indirecta, é igualmente responsável pela nomeação dos restantes seis membros do conselho, que lhe são propostos pelo chefe dos juízes.
O guia supremo do Irão nomeia ainda os comandantes das forças armadas e confirma a validação, pelo Conselho dos Guardiães da Constituição, da eleição do Presidente.
Mahmud Ahmadinejad, 52 anos: Presidente do Irão, reeleito em 12 de Junho apesar da contestação aos resultados eleitorais.
Ahmadinejad, foi eleito pela primeira vez em 2005 depois de uma campanha populista em que prometeu distribuir a riqueza gerada pelo petróleo pelas classes mais desfavorecidas.
Adoptou uma postura de desafio perante o ocidente e Israel, classificando o holocausto nazi como um "mito" e ignorando as resoluções das Nações Unidas sobre o programa nuclear iraniano.
Internamente, Mahmud Ahmadinejad, é criticado por ter gerido mal a economia do Irão.
Conselho dos Guardiães da Constituição: Órgão constituído por 12 membros que detém o poder de interpretar a constituição do Irão e de avaliar os candidatos às principais eleições.
O Conselho dos Guardiães da Constituição é dominado pelos conservadores e leal ao guia supremo e tem agora, face ao movimento de contestação, a tarefa delicada de reexaminar os resultados das eleições de 12 de Junho.
No campo reformista:
Mir Hossein Moussavi, 67 anos: Candidato vencido nas eleições presidenciais, cujos resultados contesta, é visto como um conservador moderado que fez um regresso espectacular à cena política como representante de uma vontade de reforma dispersa na sociedade depois de 20 anos de ausência.
É actualmente a figura catalisadora do movimento, constituído maioritariamente por jovens e estudantes, que contesta os resultados das eleições como bandeira do desejo de liberalização.
Moussavi foi um dos fundadores do Partido Islâmico que apoiou o ayatollah Komeini, fundador da República Islâmica, depois da fuga do Xá, foi nomeado primeiro-ministro em 1981, o ano a seguir ao início da guerra Irão-Iraque.
Grande ayatollah Hossein Ali Montazeri: Dissidente religioso que apelou para que os jovens se manifestem pacificamente.
Chegou a ser apontado como o sucessor de Khomeini, mas foi depois colocado em prisão domiciliária por criticar abertamente o regime, mantendo-se no entanto uma voz importante.
Mohammed Khatami, ex-presidente da República Islâmica do Irão (1997-2005): Juntou-se à campanha de Mussavi.
Enquanto Presidente tentou iniciar um processo de reforma, que foi bloqueado pelas autoridades religiosas.
Akbar Hachemi Rafsanjani, ex-Presidente da República Islâmica do Irão (1989-1997): Visto como um conservador pragmático, aproximou-se do campo reformista depois de derrotado por Ahmadinejad nas eleições presidenciais de 2005.
Rafsanjani mantém-se uma figura influente, sendo o chefe do Conselho de Discernimento, o principal órgão de arbitragem do Irão, mas manteve-se afastado do movimento de contestação aos resultados eleitorais. "
É o chefe de todos os ramos das forças armadas, incluindo o corpo de elite dos Guardas da Revolução.
Ali Khamenei ocupa um cargo de nomeação vitalícia e designa também o chefe do sistema judiciário e seis dos 12 membros do poderoso Conselho dos Guardiães da Constituição. Por via indirecta, é igualmente responsável pela nomeação dos restantes seis membros do conselho, que lhe são propostos pelo chefe dos juízes.
O guia supremo do Irão nomeia ainda os comandantes das forças armadas e confirma a validação, pelo Conselho dos Guardiães da Constituição, da eleição do Presidente.
Ahmadinejad, foi eleito pela primeira vez em 2005 depois de uma campanha populista em que prometeu distribuir a riqueza gerada pelo petróleo pelas classes mais desfavorecidas.
Adoptou uma postura de desafio perante o ocidente e Israel, classificando o holocausto nazi como um "mito" e ignorando as resoluções das Nações Unidas sobre o programa nuclear iraniano.
Internamente, Mahmud Ahmadinejad, é criticado por ter gerido mal a economia do Irão.
Conselho dos Guardiães da Constituição: Órgão constituído por 12 membros que detém o poder de interpretar a constituição do Irão e de avaliar os candidatos às principais eleições.
O Conselho dos Guardiães da Constituição é dominado pelos conservadores e leal ao guia supremo e tem agora, face ao movimento de contestação, a tarefa delicada de reexaminar os resultados das eleições de 12 de Junho.
No campo reformista:
É actualmente a figura catalisadora do movimento, constituído maioritariamente por jovens e estudantes, que contesta os resultados das eleições como bandeira do desejo de liberalização.
Moussavi foi um dos fundadores do Partido Islâmico que apoiou o ayatollah Komeini, fundador da República Islâmica, depois da fuga do Xá, foi nomeado primeiro-ministro em 1981, o ano a seguir ao início da guerra Irão-Iraque.
Grande ayatollah Hossein Ali Montazeri: Dissidente religioso que apelou para que os jovens se manifestem pacificamente.
Chegou a ser apontado como o sucessor de Khomeini, mas foi depois colocado em prisão domiciliária por criticar abertamente o regime, mantendo-se no entanto uma voz importante.
Enquanto Presidente tentou iniciar um processo de reforma, que foi bloqueado pelas autoridades religiosas.
Akbar Hachemi Rafsanjani, ex-Presidente da República Islâmica do Irão (1989-1997): Visto como um conservador pragmático, aproximou-se do campo reformista depois de derrotado por Ahmadinejad nas eleições presidenciais de 2005.
Rafsanjani mantém-se uma figura influente, sendo o chefe do Conselho de Discernimento, o principal órgão de arbitragem do Irão, mas manteve-se afastado do movimento de contestação aos resultados eleitorais. "